Projeto da biblioteca escolar de Corumbataí estimula estudantes ao mundo da leitura e da escrita

Laura, Louana, Mariana, Milena e Victor, cinco estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Corumbataí do Sul, distante 51 quilômetros a leste de Campo Mourão, aceitaram o desafio proposto pelo agente educacional, Dioni Pompilho de Oliveira, que atua na biblioteca da instituição: iniciar o projeto piloto Jovens Escritores.

Os primeiros resultados começaram a aparecer. Toda semana os cinco escritores debatem um tema ligado à educação ou de interesse geral e divulgam suas reflexões na página da escola e nas redes sociais na Internet.

“Nosso objetivo, enquanto agente da biblioteca, é contribuir para a formação dos alunos. O projeto é um espaço tanto para reflexão quanto para a transmissão e transformação do conhecimento, pois é a partir da informação que se tornar possível o surgimento de cidadãos conscientes, transformadores e participativos”, disse Dioni.

Para Mariana Jardim de Souza, uma das estudantes envolvida no projeto, a oportunidade é também para discutir temas que possam contribuir para o desenvolvimento do município, que possui pouco mais de cinco mil habitante e sobrevivem, principalmente, da produção agrícola no regime da Agricultura Familiar. “Temos que discutir o futuro do nosso município. Temos, aqui, uma cooperativa que compra dos produtores, frutas, verdura e legumes e contribuir para a renda de suas famílias. Mas temos que pensar em mais alternativas de renda”, refletiu.

Outro tema discutido pelos Jovens Escritores foi a escolha de uma profissão via curso superior. Eles elaboraram uma pesquisa de campo e entrevistaram os colegas que estudam no Ensino Médio. Constataram que a maioria dos estudantes tem dificuldades para se prepararem para o vestibular. “Não é preguiça de estudar, mas sim por falta de estímulo e orientação. O estímulo também pode ser dado pela família. É possível vislumbrar um futuro desde que haja estímulo. Estudar significa compreender o conteúdo que lhe é indicado”, comentou outra estudante do projeto, Louana Adrieli Aparecida Marins.

A proposta da biblioteca caiu nas graças da diretora, Nair Literoni, que “deu corda” ao agente educacional e aos estudantes. “Nosso propósito e este, promover a qualidade da educação em nossa escola”, disse a diretora. “Em 11 anos, a página da escola (site) tinha uma média anual de 300 acessos. Em 50 dias de projeto, foram 1450 visualizações a mais,” complementou Dioni.