Saúde Mental foi discutida em evento no Município de Campo Mourão

No Município de Campo Mourão, na quinta-feira, 16, foi discutida a Saúde Mental, em eventos realizados no Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Mourão (Sindiscam) e na Casa da Cultura. No Sindicato, a atividade foi voltada para a sensibilização aos profissionais de saúde com o tema “Os Desafios e Possibilidades no Atendimento em Saúde Mental e Avanços/Importância da Reforma Psiquiátrica” e na Casa da Cultura a temática foi “Café, Saúde e Prosa”, voltada para pacientes e atendida na rede de saúde mental (CAPS AD, CAPS II, Ambulatório de Saúde Mental e NASF).

Artesanatos produzidos pelos pacientes ainda foram expostos. O evento foi alusivo ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, um movimento da reforma psiquiátrica que trouxe grandes mudanças na política da saúde mental, que se comemoram todos os dias 18 de maio.

Foram organizados também para melhor conhecimento da população e profissionais da rede sobre a luta antimanicomial e reforma psiquiátrica, e para melhor conhecimento dos serviços da rede de saúde mental, também com o objetivo de trabalhar para a diminuição do estigma quanto ao portador de transtorno mental, melhorando a abordagem, escuta qualificada e acolhimento dos usuários nos serviços.

O Município de Campo Mourão, por meio da Secretaria Municipal de Saúde através dos CAPS - Centro de Atenção Psicossocial, promoveu esta ação em conjunto com o Comitê Intersetorial de Saúde Mental e o COMAD – Conselho Municipal sobre Álcool, com o apoio de outras secretarias, instituições de ensino superior, comunidades terapêuticas, CENSE e saúde suplementar.

Maria Claudia Poliseli Klein, Coordenadora do CAPS AD, destacou que a luta antimanicomial (reforma psiquiátrica), que foi a extinção dos manicômios (antigos hospícios). “Surgiram outras formas de tratamento, ambulatoriais, os CAPS, no caso. No evento de sexta-feira, 17, no período da tarde , tivemos em torno de 150 participantes, entre pacientes e familiares dos CAPS e de todos os serviços de saúde mental do município.

Os CAPS atendem mensalmente cerca de 250 pessoas, com uma equipe multiprofissional que atende realizando atividades em grupo ou individuais, com vários profissionais; e cada paciente tem um plano terapêutico individualizado, não é igual o tratamento de cada paciente”, explica.

Luta Antimanicomial

A Luta Antimanicominal foi um movimento de usuários, seus familiares e profissionais da saúde, que surgiu em decorrência da reforma psiquiátrica. Foi um rompimento com os modelos exclusivos de tratamentos em hospitais psiquiátricos (antigos manicômios), que foram substituídos por uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial, que buscam a integração dos portadores de sofrimento mental, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida, aumento da autonomia e garantia de direitos antes não reconhecidos. 

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