Município de Campo Mourão convoca força-tarefa para combater a dengue neste sábado, 18

Preocupada com os índices cada vez mais crescentes de infestação da dengue, a administração municipal de Campo Mourão convocou uma força-tarefa para envolver toda a cidade no combate ao mosquito Aedes aegypti. A ação será realizada no próximo sábado, dia 18, quando a cidade será dividida em 21 localidades onde grupos de trabalho vão visitar as residências para orientar a população, bem como recolher materiais que possam acumular água dispensados irregularmente.

Para tratar do "Dia D" foi realizada uma reunião na tarde desta terça-feira (14), na prefeitura, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, com participação de outras secretarias, como Fiscalização, Controle e Ouvidoria, Agricultura e Meio Ambiente, Educação, Esportes, entre outros. Também participaram representantes de associações e entidades, empresas e demais setores da sociedade organizada, além da imprensa.

"Não podemos esperar pessoas morrerem ou o número de casos atingir uma epidemia. Temos que tomar providências e isso inclui a participação de todos. E quem estiver colaborando para a proliferação dessa doença irá arcar com pesadas multas, porque parece que muitas pessoas só se conscientizam quando mexe no bolso", disse o secretário municipal de Saúde, Sérgio Henrique dos Santos, na abertura da reunião de trabalho.

A coordenadora do trabalho de campo da Secretaria de Saúde, Marinalva Ferreira da Luz, apresentou o mapa de infestação do mosquito na cidade e alertou sobre o risco que todos correm. "De cada 100 casas, seis estão criando mosquito da dengue em Campo Mourão. O vírus que está circulando é agressivo e mata, mas o pior é que muitos moradores não estão preocupados com isso, já a maior incidência de focos é encontrada nas casas", lamentou Marinalva, ao lembrar que a última epidemia de dengue no município foi registrada em 2013, com 8 mil casos e 4 mortes.

Um dos óbitos registrados em 2013 foi da esposa do advogado Sidney Kenji, que usou a palavra durante a reunião para alertar sobre o problema. "Infelizmente perdi minha esposa, com 31 anos, numa morte muito rápida. Espero que a população se conscientize para que ninguém mais tenha que passar por isso. A responsabilidade de limpar o quintal da casa não é do poder público", advertiu o advogado.

O secretário municipal de Fiscalização, Controle e Ouvidoria, disse que a fiscalização será intensificada e as multas serão aplicadas nos locais onde forem encontrados focos e o morador insistir em não colaborar. "Além da multa pelo município, o processo será encaminhado ao Ministério Público e a pessoa vai responder criminalmente", reforçou o secretário, ao lembrar que trata-se de um crime contra a saúde pública. Cada uma das três equipes que realizam o trabalho de campo encontra, em média, 50 focos por dia.

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