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O efeito negativo de camada compactada do Solo em Áreas Agricultáveis
18/12/2020
O efeito negativo de camada compactada do Solo em Áreas Agricultáveis
A baixa umidade do solo, consequência de um período com ocorrência de chuvas extremamente irregulares e localizadas, pode vir a ser um grande indicador de camadas compactadas do solo, não permitindo o desenvolvimento e aprofundamento das raízes.
Como isto pode ser observado com facilidade? Ocorre uma chuva e o produtor realiza o plantio, a umidade do solo garante a germinação das sementes e a emergência das plantas e paralelamente o crescimento inicial das raízes.
Esta área passa a sofrer as consequências da escassez de chuvas. Com o solo em baixas condições de umidade as raízes em desenvolvimento irão de encontro a uma camada de solo mais densa (compacta) a ponto de mudar a sua trajetória. O crescimento que deveria ser, predominantemente, na vertical adquire novas direções configurando ângulos desde a noventa graus, que são os mais observados, até curvas senoidais, como demonstrado nas fotos que seguem.
O reflexo destes distúrbios no desenvolvimento das raízes é evidenciado na parte aérea. A planta cessa o seu crescimento. As raízes que deveriam estar bem mais profundas de encontro a uma maior umidade e absorvendo os nutrientes essenciais ao crescimento da planta estão perdendo totalmente a sua função.
Esta situação pode ser vista com certa frequência em anos com regimes de chuva irregulares, e que com certeza vai afetar o potencial produtivo.
Ao agricultor que se depara com este problema, a solução é adotar práticas que minimizem os efeitos desta camada compactada.
Uma prática mecânica que era muito difundida (utilizada) era a subsolagem ou aração profunda. Porem, com a adoção do plantio direto, ficou comprovado que esta prática tinha um efeito curto. Em dois ou três plantios consecutivos sem o revolvimento do solo, em condições de baixa umidade, a situação se repetia. Ou seja: inevitável uma nova compactação.
Os benefícios do plantio direto comparados ao convencional estão comprovados. O retrocesso é incabível. Então, fica lançado o desafio: o que fazer?
Segundo Carlos Henrique Lelis e Sidney Galhardo, extensionistas do IDR-Parana de terra Boa, “A prática mais indicada é a do plantio de plantas de cobertura, anteriormente também conhecida como adubação verde, que terá a função de manter o solo com vegetação para garantir uma boa cobertura e palhada, bem como um bom desenvolvimento de raízes, minimizando os efeitos da compactação, ainda temos baixa adoção desta prática, sendo um desafio sua divulgação e consolidação para uma agricultura sustentável, concluiram
Fonte: CAMPO MOURÃO | CIDADE PORTAL | Unidade de extensão rural do IDR-Paraná - Terra Boa